sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Novo Livro de Fidel Castro

Nas suas última coluna, Fidel fala do seu novo livro:

A vitória estratégica

EM poucos dias será publicado o livro no qual, sob o título "A vitória estratégica", narro a batalha que livrou do extermínio o pequeno Exército Rebelde.

Começo com uma introdução na qual explico minhas dúvidas sobre o título que lhe colocaria "… não sabia se chamá-la ‘A última ofensiva de Batista’ ou ‘Como 300 derrotaram 10 mil′" que pareceria um conto de ficção científica.

Inclui uma pequena autobiografia: "Não desejava esperar que se publicassem um dia as respostas a incontáveis perguntas que me fizeram sobre a infância, a adolescência e a juventude, etapas que me converteram em revolucionário e combatente armado".

O título que finalmente decidi foi "A vitória estratégica".

Está dividido em 25 capítulos, contém abundantes fotografias com a qualidade possível naquelas circunstâncias e os mapas pertinentes.

Finalmente, apresentam-se esquemas gráficos sobre os tipos de armas que utilizaram ambos os adversários.

Nas páginas finais do capítulo 24 da narração fiz afirmações que foram premonitórias.

No último parte que escrevi para ser lido na Rádio Rebelde em sete de agosto, no dia seguinte de concluída a batalha final de Las Mercedes, expressei:

"A ofensiva foi liquidada. O maior esforço militar que se tenha realizado em nossa história Republicana concluiu no mais espantoso desastre que pôde imaginar-se o soberbo ditador, cujas tropas em plena fugida, depois de dois meses e meio [de] derrota em derrota, estão assinalando os dias finais de seu regime odioso. A Serra Maestra já está totalmente livre de forças inimigas".

No livro sobre "A vitória estratégica" se explica textualmente:

"A derrota da ofensiva inimiga, depois de 74 dias de incessante combate, significou a guinada estratégica da guerra. A partir desse momento a sorte da tirania ficou definitivamente jogada, na medida em que se fazia evidente a iminência de seu colapso militar".

"Nesse mesmo dia redigi uma carta endereçada ao major general Eulogio Cantillo, que dirigiu toda a campanha inimiga do posto de comando da zona de operações, instalado em Bayamo. Confirmei a Cantillo que se encontravam em poder de nossas forças aproximadamente 160 soldados prisioneiros, entre eles muitos feridos, e que estávamos em disposição de estabelecer de imediato as negociações pertinentes para sua entrega. Após complicadas gestões, esta segunda entrega de prisioneiros se efetuou vários dias depois em Las Mercedes.

"Durante esses 74 dias de intensos combates para o rechaço e a derrota da grande ofensiva inimiga, nossas forças sofreram 31 baixas mortais. As notícias tristes jamais desalentaram o espírito de nossas forças, apesar de que a vitória teve um sabor amargo muitas vezes. Ainda assim, a perda de combatentes pôde ser muito superior, levando em conta a intensidade, duração e violência das ações terrestres e dos ataques aéreos, se não o foram foi devido à extraordinária perícia atingida por nossos guerrilheiros na agreste natureza da Serra Maestra e à solidariedade dos rebeldes. Muitas vezes, feridos graves salvaram sua vida, em primeiro lugar, porque seus companheiros fizeram o impossível por transladá-los aonde os médicos pudessem assisti-los, e tudo isso apesar do abrupto do terreno e do som das balas em meio aos combates".

"Ao longo destas páginas fui mencionando os nomes dos tombados, mas quero relacioná-los de novo a todos aqui para oferecer duma só vez o quadro completo de nossos mártires, merecedores de uma recordação eterna de respeito e admiração de todo nosso povo". Eles são:

"Comandantes: Andrés Cuevas, Ramón Paz e René Ramos Latour, Daniel".

"Capitães: Ángel Verdecia e Geonel Rodríguez".

"Tenentes: Teodoro Banderas, Fernando Chávez, o Artista, e Godofredo Verdecia".

"Combatentes: Misaíl Machado, Fernando Martínez, Albio Martínez, Wilfredo Lara, Gustavo; Wilfredo González, Pascualito; Juan de Dios Zamora, Carlos López Mas, Eugenio Cedeño, Victuro Acosta, o Bayamés; Francisco Luna, Roberto Corría, Luis Enrique Carracedo, Elinor Teruel, Juan Vázquez, Chan Cuba; Giraldo Aponte, o Marinheiro; Federico Hadfeg, Felipe Cordumy, Lorenzo Véliz, Gaudencio Santiesteban, Nicolás Ul, Luciano Tamayo, Ángel Silva Socarrás e José Díaz, o Galeguinho".

"Colaboradores camponeses: Lucas Castillo, outros membros de sua família, e Ibrahim Escalona Torres".

"Honra e glória eterna, respeito infinito e carinho para os que tombaram nessa época".

"O inimigo sofreu mais de mil baixas, delas más de 300 mortos e 443 prisioneiros, e não menos de cinco grandes unidades completas de suas forças foram aniquiladas, capturadas ou desarticuladas. Ficaram em nosso poder 507 armas, incluídos dois tanques, dez morteiros, várias bazucas e doze metralhadoras calibre 30".

"A tudo isso haveria que acrescentar o efeito moral deste desenlace e sua importância na marcha da guerra: a partir desse momento, a iniciativa estratégica ficava definitivamente nas mãos do Exército Rebelde, dono absoluto, também, dum extenso território ao qual o inimigo não tentaria sequer penetrar de novo. A Serra Maestra, efetivamente, ficava libertada para sempre".

"A vitória sobre a grande ofensiva inimiga do verão de 1958 marcou a viragem irreversível da guerra. O Exército Rebelde, triunfante e extraordinariamente fortalecido pela quantidade de armas conquistadas, ficou em condições de iniciar sua ofensiva estratégica final".

"Com estes acontecimentos começou uma nova e última etapa na guerra de libertação, caracterizada pela invasão ao centro do país, a criação do Quarto Front Oriental e do Front de Camagüey. A luta se estendeu em todo o país. A grande ofensiva final do Exército Rebelde levou, com a fulminante campanha de Oriente e de Las Villas, à derrota definitiva do Exército da tirania e, consequentemente, ao colapso militar do regime de Batista e à tomada do poder pela Revolução triunfante".

"Na contra-ofensiva vitoriosa de dezembro desse ano, decidiu-se o triunfo com aproximadamente 3 mil homens equipados com armas arrebatadas ao inimigo".

"As colunas do Che e de Camilo, avançando pelas planícies do Cauto e de Camagüey, chegaram ao centro do país. A antiga Coluna 1 treinou novamente mais de mil recrutas na escola de Minas del Frío, e com chefes que surgiam de suas próprias fileiras, tomaram os povos e as cidades na estrada central entre Bayamo e Palma Soriano. Novas tanquetas T-37 foram destruídas, os tanques pesados e a aviação de combate não puderam impedir a tomada de cidades centenas de vezes maiores que o povoado de Las Mercedes".

"Em seu avanço, à Coluna 1 aderiram as forças do Segundo Front Oriental Frank País. Assim conquistamos a cidade de Palma Soriano em 27 de dezembro de 1958".

"Exatamente em 1º de janeiro de 1959 — a data assinalada em carta a Juan Almeida antes de iniciar-se a última ofensiva da ditadura contra a Serra Maestra —, a greve geral revolucionária, decretada através da Rádio Rebelde desde Palma Soriano, paralisou o país. O Che e Camilo receberam ordens de avançar pela estrada central rumo a capital, e não houve forças que fizeram resistência".

"Cantillo, em reunião comigo, com Raúl e Almeida reconheceu que a ditadura tinha perdido a guerra, mas pouco depois na capital realizou manobras golpistas, contrarrevolucionárias e pró-imperialistas e descumpriu as condições pactuadas para um armistício. Apesar disso, em três dias estavam a nossa disposição as 100 mil armas e os navios e aviões que pouco antes tinham apoiado e permitido a fugida do último batalhão que penetrou na Serra Maestra".

Uma incansável equipe do pessoal do Gabinete de Assuntos Históricos do Conselho de Estado, designers do grupo Creativo de Casa 4, sob a direção de professores assistentes; com a cooperação do cartógrafo Otto Hernández, o general-de-brigada Amels Escalante, o desenhista Jorge Oliver, o jovem designer Geordanis González, sob a direção de Katiuska Blanco, jornalista e escritora brilhante e incansável, são os atores principais desta proeza.

Pensava que este livro tardaria meses em ser publicado. Agora sei que no início do mês de agosto estará já na rua.

Eu, que trabalhei meses no tema depois de minha grave doença, agora estou animado para continuar escrevendo a segunda parte desta história que se denominaria, se a equipe não sugere outro nome, "A contra-ofensiva estratégica final". 

Fidel Castro Ruz
27 de julho de 2010 

Original em Granma Digital

Denunciam confinamento de Gerardo na solitária

Por Lino Lubén Pérez

O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón de Quesada, denunciou o confinamento a que foi novamente submetido Gerardo Hernández Nordelo, um dos Cinco cubanos presos injustamente em cárceres dos Estados Unidos.

"Gerardo está novamente na solitária desde 21 de julho passado e foram infrutíferas as diligências de Cuba para contatar as autoridades da prisão e o Departamento de Estado, a fim de esclarecerem a situação", declarou Alarcón à imprensa no Palácio das Convenções.

O presidente do Parlamento qualificou este fato de muito grave, uma vez que Gerardo se encontra numa cela muito pequena (2m x 1m) com outro prisioneiro e onde só podem respirar através de uma fenda da parede.

O governo norte-americano sabe que Gerardo tem algumas doenças, e que, por isso, solicitou ser examinado pelos médicos desde abril passado, e finalmente, foi atendido em 20 de julho, sendo diagnosticadas enfermidades que precisam de tratamento.

"Ao que parece, ele contraiu alguma bactéria que, segundo o médico, está circulando entre a população penal, e inclusive, há alguns casos graves, e ignoramos se Gerardo é um deles, pois ainda não fizeram os exames. Contudo, ele foi levado para a solitária um dia depois de ser atendido", assinalou Alarcón.

Além disso, acrescentou que Gerardo tem alterações na tensão arterial, algo que é lógico, pois ele — apesar de ser um homem jovem, que fez há pouco 45 anos — permanece em prisão há quase 12, em condições muito difíceis. "No entanto, ele está firme", disse.

"Todos nós ficamos preocupados com a saúde dele — sobretudo, com a falta de atendimento especializado — agravada na solitária, porque a temperatura na prisão é acima de 35ºC", explicou.

Alarcón enfatizou: "Denunciamos tudo isso. Estamos acompanhando os acontecimentos. Estamos fazendo diligências por todas as vias possíveis e contatamos os advogados, mas como não recebemos resposta, o Parlamento vê-se obrigado a denunciá-lo."

"Assim que soubemos extra-oficialmente do assunto, começamos a reclamar das autoridades norte-americanas e ainda não recebemos uma resposta clara nem sabemos por que ele foi levado para a solitária."

Alarcón lembrou que a irmã dele, Isabel, foi visitá-lo e constatou as condições em que se encontrava, porque saiu acorrentado pelos pés e pelas mãos e falaram por telefone através de um muro de vidro, condição que impõem aos prisioneiros punidos.

"Não entendemos o que aconteceu, mas chama nossa atenção que Gerardo foi chamado por vários oficiais do FBI, que foram à prisão e participaram de seu confinamento na solitária. Evidentemente, não é uma ação própria da prisão", sublinhou.

O presidente do Parlamento assinalou também que chama atenção que é a terceira vez neste injusto processo de prisão de nossos Cinco heróis que levam Gerardo à solitária, no momento em que se estão fazendo os trâmites de apelação.

"Os advogados deveriam estar reunidos com ele elaborando o habeas corpus, e o governo estadunidense sabe disso", afirmou Ricardo Alarcón.

"Neste momento, Gerardo não pode ter contato com seus advogados, nem receber correspondência, nem sequer, por telefone. Está completamente isolado e, acima de tudo, em condições que põem em perigo sua vida, fato pelo qual o governo dos Estados Unidos é o máximo responsável", ressaltou.

Alarcón fez estas declarações para os repórteres da imprensa nacional credenciada no 5º período de sessões do Parlamento, cujas 12 comissões de trabalho continuam hoje, 29 de julho, as deliberações. 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pós-Graduação: O Pensamento Marxista Clássico e a Atualidade - Inscrições até amanhã

Último aviso:

 


Enquanto outras entidades e correntes de pensamento aderiram ao sindicalismo de resultados, e, do ponto de vista teórico, não conseguem avançar além do keynesianismo, o SindBancários de Porto Alegre aproxima a academia do movimento e disponibiliza  um curso de vanguarda aos seus associados e sociedade em geral.
Uma parceria entre o SindBancários e a Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) está disponibilizando o curso de pós-graduação “O Pensamento Marxista Clássico e a Atualidade”. As inscrições, que vão até 31 de julho, podem ser realizadas no Departamento de Formação do SindBancários ou na secretaria de Pós-Graduação da FAPA (Av. Manoel Elias, 2001, sala 1201, prédio 1). Bancários sindicalizados têm desconto de 10% no valor total do curso.

A proposta é diferenciada. As análises dos textos clássicos do pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels e seus principais herdeiros intelectuais receberão uma abordagem múltipla. Os temas que nortearão o curso são economia, política, filosofia, história, sociologia e o marxismo depois de Marx, no mundo e no Brasil. O cronograma, programa, disciplinas e outras informações podem ser encontradas aqui e aqui

O diretor de Formação do SindBancários, Ronaldo Zeni, observa que Marx está mais atual do que nunca. “Entender seus conceitos traz ao SindBancários uma oportunidade de formar uma vanguarda de esquerda capaz de intervir diretamente na realidade social. Esta é a nossa cultura", avalia Zeni.
O presidente do SindBancários, Juberlei Bacelo (D) e Ronaldo Zeni (D) fecham parceria com representante da FAPA

As aulas começam em agosto, na Casa dos Bancários, e acontecem nas segundas e quartas, das 19h20 às 22h50. Estão previstas ainda duas cadeiras na quinta à noite e no sábado, das 8h20 às 11h50. O investimento será de uma parcela, paga no ato da inscrição, mais 18 x R$ 260,40.

Matricula* – Curso de Pós Graduação "O Pensamento Marxista e a Atualidade"

> Onde:
Casa dos Bancários (Rua General Câmara, 424) - Centro - Porto Alegre

> Inscrições:
SindBancários (Departamento de Formação), das 11h às 13h e das 14h às 20h ou Secretaria de Pós-Graduação da FAPA (Av. Manoel Elias, 2001, sala 1201, prédio 1), das 14h às 17h e das 18h às 21h30. Até 31 de julho

> Investimento:
Uma parcela, paga no ato da inscrição, mais 18 x R$ 260,40.

> Informações:

SindBancários - Fone (51) 3433-1235 das 11h às 13h e das 14h às 20h e pelo e-mail formacao@sindbancarios.org.br 

FAPA - Fone (51) 3382.8282 das 14h às 17h e das 18 às 21h30 e e-mail pos@fapa.com.br.

Com informações de SindBancários

terça-feira, 27 de julho de 2010

Temendo ser preso, Diogo Mainardi foge

Por Altamiro Borges

 Em sua coluna na Veja desta semana, Diogo Mainardi, o pitbul da direita nativa, deu uma notícia que alegrou muita gente. Anunciou que deixará o Brasil. Num texto empolado, ele não explica os motivos da decisão. A única pista surge na frase “tenho medo de ser preso” – será uma confissão de culpa? “Oito anos depois de desembarcar no Rio de Janeiro, de passagem, estou indo embora. Um vagabundo empurrado pela vagabundagem”. Concordo totalmente com a primeira descrição!

O enigmático anúncio levantou muitas suspeitas. Para o blogueiro Paulo Henrique Amorim, uma das vítimas das difamações e grosserias deste pseudojornalista, ele está fugindo para não pagar o que deve. “O Mainardi me deve dinheiro. Ele perdeu no Supremo Tribunal Federal, por decisão do Ministro Toffoli, recurso em uma causa que movo contra ele. Contra ele e o patrão, o Robert (o) Civita... Interessante é que o próprio Mainardi foi quem disse que só escrevia por dinheiro”.

“Fim de uma era de infâmia”

Luis Nassif também suspeita que Mainardi vá deixar o país para evitar a Justiça. A referência ao medo de ser preso “é real. Condenado a três meses de prisão por calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga, como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho. Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Ele foge para todo lado”.

Para o blogueiro que já foi alvo das agressões do pitbul da Veja, o festejado anúncio representa “o fim de uma era de infâmia”. “O problema não é o Mainardi. Ele é apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra. Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro”.

“Sou um conspirador da elite”

André Cintra, editor de mídia do portal Vermelho, apresenta ainda outra hipótese. Ele constatou que Mainardi perdeu espaços na imprensa, inclusive na Veja. “Ele perdeu credibilidade e, talvez, renda”. Essa suspeita já fora apontada, algum tempo atrás, por Alberto Dines, do Observatório da Imprensa. “Há poucos meses, ele puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Veja já não agüenta tanta fanfarronada”.

Levanto aqui outra suspeita. Filhinho de pai, Mainardi sempre fez turismo pelo mundo. Ele não tem qualquer vínculo com o país e seu povo. Até escreveu um livro sugestivamente intitulado de “Contra o Brasil”. Na fase recente, com a eleição de Lula, seu ódio ficou mais doentio. “Sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/08/05). Ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com a sua reeleição.

Coitado do cão sarnento

Este “difamador travestido de jornalista”, como bem o definiu o ministro Franklin Martins, fez inimigos por todos os lados. Satanizou o sindicalismo, o MST, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apoiou o genocídio dos EUA no Iraque e destilou veneno contra Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. O seu egocêntrico “tribunal macartista mainardiano”, no qual fez acusações levianas contra vários jornalistas, gerou protestos das entidades do setor.

Odiado por todos e prevendo a derrota do seu candidato nas eleições de 2010, Mainardi anuncia agora: “Vou embora”. Talvez não sinta mais clima para ficar no país e perceba que suas bravatas fascistas não convencem muita gente. Teme até ser preso por suas difamações e calúnias. Não agüentaria a continuidade da experiência aberta pelo presidente Lula, com a eleição de Dilma Rousseff. No twitter, brinquei que sua fuga lembra o cachorro sarnento que abandona o próprio dono. Muitos reagiram: é sacanagem com o pobre animalzinho. Concordo e peço desculpas!

Original no Blog do Miro


Comunidade no Orkut "Rindo do Babaca Diogo Mainardi" 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

57 anos do ataque ao quartel Moncada

Origem do movimento 26 de Julho, comandado por Fidel Castro Ruz, que liderou a Revolução Cubana.
Homenagem do site Rebelion ao 26 de Julho

domingo, 25 de julho de 2010

Fidel volta a usar verde-oliva em cerimônia aos mártires do Moncada



Vestindo uma camisa com o simbólico verde-oliva, Fidel Castro visitou uma cidade próximo a Havana pela primeira vez em quatro anos de doença, o que surpreendeu os cubanos e alimentou a discussão relativa a sua participação na principal festa da revolução.

"Que surpresa! Eu o vi muito bem, recuperado, corado", declarou à AFP Caridad González, uma trabalhadora agrícola de 49 anos, que disse ter ficado "sem palavras" ao ver Fidel "outra vez com sua camisa verde-oliva", em um vídeo divulgado na noite de sábado pela televisão local.

Para homenagear os rebeldes mortos no frutrado ataque ao Quartel Moncada, que liderou em 1953 contra a ditadura de Fulgencio Batista (1952-58), Fidel Castro visitou no sábado um mausoléu em Artemisa, 60 km a sudoeste da capital, vestido com sua camisa tradicional, mas sem as insígnias de Comandante-em-chefe.

"Com sua camisa verde-oliva de mil batalhas" foi prestar homenagem aos mártires de Moncada, indicou o jornal Juventud Rebelde - único de circulação nacional no domingo-, que publicou quatro fotos da visita em suas páginas internas e outra em sua capa.

Segundo as imagens de televisão, Fidel --com uma boa aparência-- depositou flores nos túmulos dos guerrilheiros que morreram no ataque a Moncada, primeira ação armada da Revolução Cubana, saudou o povo e leu em pé e com fluidez uma mensagem "aos combatentes revolucionários de toda a Cuba".

Foi a sexta aparição pública de Fidel Castro em 17 dias, concedendo uma entrevista à televisão e visitado dois centros de pesquisa. Mas a viagem a Artemisa marcou a primeira incursão fora de Havana desde que sua doença o tirou do poder, em julho de 2006.

Essa aparição, com seu tradicional uniforme, alimentou a discussão sobre se os cubanos poderão ver o Comandante no ato de 26 de julhoo, em Santa Clara -270 km a leste de Havana-, que será liderado por seu irmão, o presidente Raúl Castro, acompanhado pelo mandatário venezuelano Hugo Chávez.

"Vê-lo de verde-oliva depois de quatro anos nos surpreendeu e agora esperamos vê-lo no ato", disse à AFP Roberto Chinea, de 58 anos, presidente da Associação de Pequenos Agricultores.

Desde que sua doença foi revelada em uma celebração de 26 de julho, há quatro anos, Fidel Castro foi visto de pijama, traje esportivo ou camisa quadriculada, mas nunca com seu uniforme verde-oliva, símbolo de seu poder e liderança.

Apesar da possível presença na comemoração de Santa Clara, os cubanos praticamente descartam que o líder comunista, que fará 84 anos no dia 13 de agosto, retorne ao poder apesar de sua notável recuperação.

"Nem falar em um retorno à Presidência. Fidel é um homem doente e velho", comentou Raquel Martínez, uma cabeleireira de 39 anos.

Mas Caridad González afirma que "se vai voltar ou não (ao poder), não tem a menor importância". "A única coisa que importa é que Fidel está aqui", indicou.

Confira o vídeo:





Com informaçoes de France Presse e Cubadebate

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Entidades pedem que índios Mapuches recebam mesmo tratamento que presos cubanos


Lei de Pinochet que enquadra povo Mapuche como terrorista em potencial ainda não foi revogada.

E aí? Será que a mídia corporativa - que hipocritamente levanta  a bandeira dos Direitos Humanos quando lhe convém - vai divulgar isso? 


A valorização da libertação dos chamados "prisioneiros políticos" de Cuba pelo governo chileno e inclusive por algumas pessoas da oposição e o não pronunciamento sobre os mapuches presos e processados pela lei antiterrorista é uma posição paradoxal, disse o advogado José Aylwin, do Observatório Cidadão, que os considera "presos políticos".

Hoje, o observatório e a organização Acción pediram ao governo de Sebastián Piñera e também à oposição que tenham o mesmo critério de tratamento entre os presos cubanos e os indígenas mapuches. Atualmente 19 deles estão em greve de fome, de um total de 58 presos já condenados ou aguardando julgamento.

As organizações pedem o fim da aplicação da lei antiterrorista imposta pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que é mantida e aplicada ainda hoje contra grupos indígenas, porque "não cumpre com as condições de um devido processo".

Os 19 mapuches que entraram em greve de fome em 12 de julho também exigem o fim da aplicação da medida, além da desmilitarização das comunidades indígenas e do desenvolvimento de um "devido processo" para seus casos.

"Podemos falar em prisão política, porque o Estado utiliza politicamente a lei antiterrorista para processar os mapuches. Há claramente uma analogia com os presos cubanos", disse Aylwin, em declarações à ANSA.

Ele ainda acrescentou que os chilenos não sabem da existência de "58 pessoas processadas ou condenadas por esta legislação, além de meia centena de processados por crimes ordinários no marco de conflitos por terras".

Aylwin sustentou que a lei antiterrorista foi aplicada de forma inadequada contra quem é acusado de cometer crimes "nos marcos de um protesto social por reivindicação por terras ou pelo exercício de direitos políticos".

Ele explicou que "existe uma legislação penal ordinária que permite julgar e eventualmente condenar estes delitos, mas a opção do Estado é aplicar a lei antiterrorista que data do regime militar, que tem sérias limitações para um devido processo e agrava as penas substancialmente. É uma opção política".

O senador Alejandro Navarro, do Movimento Amplo Social, visitou na segunda-feira cinco dos detidos em greve de fome na prisão El Manzano, na cidade de Concepción, a 513 quilômetros ao sul de Santiago. O parlamentar pediu a instalação de uma mesa de diálogo com os indígenas para analisar suas reivindicações.

"Esta greve de fome é séria. Peço que o governo atue agora e não se equivoque, porque depois pode ser muito tarde, já que estes processos se alongam e se tornam pouco contornáveis", advertiu Navarro.

Nesta segunda-feira, o senador de oposição Patricio Walker reuni-se na Chancelaria do Chile para acertar as condições de recepção do cubano José Izquierdo, que esteve preso por sete anos e faz parte da lista dos dissidentes soltos, divulgada pela Igreja Católica há alguns dias. A ida de Izquierdo ao Chile foi solicitada pelo próprio dissidente e constitui-se o primeiro pedido de viagem a este país. 

Com informações de Ansa

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Livro com fotos inéditas de Frida Kahlo


Livro: Frida Khalo, suas fotos


Lançamento mundial no Brasil, México, França, Espanha, Alemanha, Estados Unidos, Canadá e América Latina, este livro revela um acervo inédito que retrata o universo da artista mexicana Frida Kahlo, uma das maiores personalidades latino-americanas de todos os tempos. Quando Frida morreu, em 1954, todos os seus objetos ficaram trancados no banheiro da Casa Azul, onde ela morou muitos anos com o pintor Diego Rivera. Cinquenta anos mais tarde, esse tesouro foi aberto, mas somente agora, mais de 400 fotos deste acervo são finalmente reunidas numa publicação. As imagens mostram uma série de autorretratos de seu pai fotógrafo, a Frida menina, seu estúdio, o encontro com Rivera, seu círculo cosmopolita de amigos e a intimidade da artista com personagens notáveis como Breton, Duchamp, Trótski, Henry Ford, Dolores del Rio e alguns brasileiros como Adalgisa Nery. A influência da fotografia em sua obra, suas referências políticas e estéticas, o sofrimento do corpo, as inúmeras cirurgias, e, sobretudo a construção de sua impactante figura pública são analisadas em textos de grandes estudiosos de todas as partes do mundo. A edição terá tiragem única no Brasil.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Entrevista com DilmaBoy

"acredito que o que vale na política não é a vitória, mas a causa que se defende"


O estudante de publicidade e propaganda Paulo Reis, morador de Rio Verde - GO, virou celebridade na youtube e no Twitter por conta de seu vídeo "DilmaBoy".


Confira a entrevista que fizemos com ele:

Na Práxis: Como surgiu a idéia do vídeo?

Paulo Reis: A idéia de fazer o vídeo veio de uma pesquisa minha de como funciona os vídeos virais da internet. Primeiramente pesquisei quais eram os assuntos que receberiam mais atenção da mídia nas semanas subseqüentes. Estávamos no meio da copa, perdemos, então, por intuição e um pouco de pesquisa, conclui que as eleições receberiam a atenção devida depois de ficar um bom período, “esquecida” pela mídia de massa.



Na Práxis: Nos EUA, a campanha de Obama à presidência, além do apelo de massa, teve amplo apoio da juventude através da internet, um dos maiores exemplos disso é a Obama Girl. O DilmaBoy foi inspirado nela?

Paulo Reis: De certa forma sim, posso dizer que foi inspirado, mas sem o apelo sexual da Obama Girl que deixou o Obama visivelmente constrangido. Mas aqui no Brasil além dessa exposição pelos maiiores portais da internet do Brasil o que me chamou mais atenção é o publico jovem brasileiro esta carente de um novo formato de se fazer campanhas. Já que não é porque é um assunto sério que tem que ser tratado com certa rigidez de formato. Por que vemos que a cada dia o público jovem está mais interessado em política. E que como lição mesmo fica é que o voto é individual e cada um é responsável pelo seu voto.

Na Práxis: Esperava que o DilmaBoy virasse Hit na internet?

Paulo Reis: Confesso que quando estava criando a parodia, tudo me parecia seu uma grande brincadeira, mas só depois desses acontecimentos dos últimos dias pude notar o quanto é importante discutir política nessas novas redes sociais. O quanto o público jovem esta carente de um novo formato de se fazer campanhas. Já que não é porque é um assunto serio que tem que ser tratado com certa rigidez de formato. Por que o importante que vejo nessa exposição toda é que a cada dia mais as pessoas estão mais interessadas em política. E que como lição mesmo fica é que o voto é individual e cada um é responsável pelo seu voto.

Na Práxis: Tens noção do dano que causaste ao bloqueio midiático pró-Serra empreendido pela grande mídia?

Paulo Reis: Por mais que academicamente pregam por aí uma imparcialidade midiática, eu pessoalmente, não acredito que os meios de comunicação não sejam tendenciosos, é meio impossível ser imparcial, já que a grande fatia do bolo em publicidade no Brasil vem dos cofres públicos. Isso não fica evidente somente com a política, ou com qualquer candidato, se for pegar a história da mídia no Brasil vai ver, erros gigantes por criarem “mitos/ personagens” que após eleitos fracassam por não corresponderem ao que foi proposto inicialmente. Mas acredito que o que vale na política não é a vitória, mas a causa que se defende.

Na Práxis: É filiado ao PT?

Paulo Reis: Não tenho nenhuma relação partidária com o PT ou qualquer outro partido político, sou o que intitulam “simpatizantes”, apesar de ser agora tratado como um produto de marqueteiros do Partido dos Trabalhadores. Como se para ser político precisasse de assessoria. A única relação existente é minha admiração pela mulher e idealista que Dilma é.


Na Práxis: Como surgiu a simpatia pelo PT?

Paulo Reis: Meu voto foi duas vezes para o PT e agora nas próximas eleições tenho certeza do voto que irei digitar na urna.



Na Práxis: Como encara os xingamentos a você feitos pelos tucanos e reacionários da velha guarda na rede?

Paulo Reis: Eu não encaro esses xingamentos como sendo dos tucanos, tem uma relação bem frágil aí, já que meus vídeos e o dos que estão supostamente criticando estão lançados numa mesma plataforma, onde se destaca o melhor. Mesmo porque não tenho como indicar que as criticas veio da oposição da Dilma. E essa velha guarda da rede esta em apuros, não se sabe o que fazer com esse novo formato de mídia e de como os jovens aprenderam a usá-la a seu favor. Essa velha guarda veio de outros meios engessados, onde a chance de feedback era mínima, até remota. Agora não, é uma via de mão dupla em tempo real. Por isso não ligo com criticas ou xingamentos, afinal seria meio esquisito eu tirar onda com o Serra e me sentir no direito de me ofender com os outros. Isso é democracia, fala o que quer e ouve o que lhe é direito.

Na Práxis: Em caso de vitória, o que espera do governo Dilma?



Paulo Reis: Estabilidade. Em nossa estória recente vimos que quando um governo diz que vai mudar tudo a coisa desanda. A máquina emperra. E todos têm consciência que estamos “bem” pela seqüência de projetos que herdamos bem antes da chamada “supremacia Lula”.

Na Práxis: Em quais pontos o governo Dilma poderia avançar em relação ao governo Lula?

Paulo Reis: O que o Brasil precisa urgentemente é investir em infra-estrutura e principalmente qualificação. Infra-estrutura gera riquezas e qualificação o conhecimento e por conseqüência pessoas instruídas levam a um status superior da democracia com reconhecimento das chamadas “minorias” e por conseqüência sua valorização e ascensão social.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Making Off de DilmaBoy

O vídeo DilmaBoy, lançado há alguns dias pelo estudante de publicidade Paulo Henrique Reis, tomou ares de marketing viral, está sendo repassado freneticamente pelo twitter pelos apoiadores da candidatura Dilma Roussef, para desespero dos tucanos e ódio dos reaças da velha guarda.

Confira o making off do vídeo:




Para quem ainda não conferiu o Hit:

Charge do Bier

sábado, 17 de julho de 2010

Xamãs, artesãos e mestres da cultura popular serão professores da UnB

Universidade será a primeira no Brasil a ter uma disciplina baseada nos saberes tradicionais. Aulas devem começar no próximo semestre

Por Ana Lúcia Moura 

Benki Pianko é um grande especialista brasileiro em reflorestamento. Maniwa Kamayurá conhece em detalhes as técnicas de construção indígena. Lucely Pio é capaz de identificar com precisão qualquer planta do cerrado. Mas o conhecimento de nenhum deles veio das salas de aula. Eles aprenderam o ofício com os avós e com os pais, e o repassam aos filhos, aos netos. No próximo semestre, porém, vão ensinar o que aprenderam também aos alunos da Universidade de Brasília.

Benki, Maniwa e Lucely serão professores de uma disciplina de módulo livre: Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais. Benki, que é mestre do povo indígena Ashaninka, no Acre, Maniwa, pajé e representante dos povos indígenas do Alto Xingu e Lucely, mestre raizeira da Comunidade Quilombola do Cedro, em Goiás, vão passar adiante o conhecimento acumulado durante mais de séculos nas comunidades onde cresceram e vivem até hoje. Benki e Maniwa são xamãs indígenas, líderes espirituais com funções e poderes ritualísticos. Lucely é mestre quilombola.

Além deles, serão também professores da nova disciplina Zé Jerome, mestre de Congado e Folia de Reis do Vale do Paraíba, em São Paulo, e Biu Alexandre, mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado, um dos tradicionais grupos folclóricos da Zona da Mata pernambucana, que reúne teatro, dança, música e poesia.

A criação da disciplina, que deve ter carga semanal de seis horas, depende ainda de aprovação do Decanato de Ensino de Graduação. Ela faz parte de um projeto de introdução dos saberes tradicionais na universidade. “Queremos promover um diálogo, uma troca de conhecimentos", explica o professor José Jorge de Carvalho, coordenador do projeto e também do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa. "Os mestres que aqui estarão têm um modo de construir saberes que leva em conta não só o pensar, que é característico da cultura das universidades, mas também o fazer e o sentir”, completa o professor.

AVANÇO - O professor José Jorge destaca, no entanto, que a introdução dos saberes tradicionais não é uma negação da forma utilizada pelas universidades de produzir e transmitir conhecimento. “Pelo contrário. É uma soma. Sabemos coisas que os mestres tradicionais não sabem, assim como eles conhecem muito do que não conhecemos. A universidade pode ser muito mais rica do que é”, acrescenta. Cada mestre passará duas semanas na UnB e será acompanhado por um professor na sala de aula. “A universidade pode ser mais rica do que é. E, para isso, precisa fazer jus à riqueza de saberes que existem no Brasil”, completa o professor José Jorge.

O chefe do Departamento de Antropologia, Luís Roberto Cardoso de Oliveira, lembra que a criação de disciplinas de módulo livre, que permitem aos alunos contato com um conhecimento totalmente fora de sua área, foi um avanço. "E colocar os mestres frente a frente com os alunos e ao lado dos professores é uma proposta que vai ainda mais além", comenta.

Para Nina de Paula Laranjeira, diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica do Decanato de Ensino de Graduação, a iniciativa por si só já demostra uma mudança nos modos de pensar. "Precisamos superar o paradigma de que o conhecimento está limitado à comprovação científica", afirma.

TROCA DE SABERES - As bases pedagógicas e antropológicas da nova disciplina serão discutidas nos dias 15 e 16 de julho, como parte do seminário internacional que vai tratar da introdução de novos saberes nas universidades. “O método de transmissão dos mestres tradicionais é completamente diferente do nosso. O ideal para a raizeira Lucily, por exemplo, é ensinar caminhando pelo cerrado”, explica o professor José Jorge.

Organizado pelos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia e Ministério da Cultura, o Encontro de Saberes vai reunir mestres indígenas e de atividades folclóricas, professores brasileiros e latino americanos, além de representantes do Governo Federal. No encontro, serão apresentadas experiências de universidades de cinco países da América Latina que desenvolvem projetos de inclusão de saberes tradicionais em seus cursos, disciplinas e programas de extensão. O seminário, que acontece no Auditório Dois Candangos, também será uma oportunidade para os novos professores conhecerem melhor a UnB.

Entre os palestrantes estão o reitor da Universidade Amawtay Wasi do Equador; Maria Mercedes Díaz, da Universidade de Catamarca na Argentina; Jaime Arocha, professor de Antropologia da Universidade Nacional da Colômbia; Carlos Callisaya, coordenador das Universidades Indígenas da Bolívia no Ministério da Educação boliviano e Maria Luísa Duarte Medina, que atua em projetos de inclusão dos saberes indígenas nas instituições de ensino superior do Paraguai. “A presença de cada um deles mostra que a inclusão dos saberes tradicionais na academia é um movimento cada vez mais forte”, afirma o professor José Jorge.


Secretaria de Comunicação da UnB

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Presidente da ACJM/RS peita direita e defende Cuba na Rádio Gaúcha


No dia de ontem, no programa “Polêmica” da Rádio Gaúcha (Grupo RBS) o tema para discussão foi:

“Cuba concorda em libertar 52 presos políticos. É a ilha rumo à democracia?’

Não bastasse a proposta de temário tendenciosamente escrota (*) o programa mediado pelo jornalista Wianey Carlet, contrapôs dois debatedores de direita contra um representante da esquerda: Ricardo Haesbaert, presidente da Associação Cultural José Martí.

Mesmo em terreno inimigo, Ricardo não intimidou-se, e, de maneira tranqüila, desconstruiu os mesmos chavões de sempre que serviram de argumento aos pretensos defensores das liberdades democráticas.

Um deles, enquanto batia na Revolução Cubana, engatou uma defesa sofismática da política externa dos Estados Unidos que causaria inveja ao mais ferrenho republicano.

Enquanto fazia a defesa da autodeterminação do povo cubano, Haesbaert, lembrou aos desavisados o modo hipócrita de fazer política (e de abordar a questão dos direitos humanos) ao qual sempre recorreu o império, fato a fato.

O Blog Na Práxis saúda o companheiro Ricardo Haesbaert, presidente da Associação Cultural José Martí, do Rio Grande do Sul, pela firmeza em meio ao circo montado.

Quem quiser conferir o debate, pode clicar AQUI e ouvir.

Quem quiser conferir a "Liberdade de Imprensa" (ou seria de empresa?) brasileira em números pode visitar o Donos da Mídia.

(*) Quem sabe a gente não debate o seguinte: “Herdeiro da família Sirotsky, proprietária do Grupo RBS, é suspeito de ter cometido estupro. Você acha que o malandro vai se safar dessa ou vai pagar pelo que fez na cadeia?’’
Vai ser difícil, pois a “democrática” mídia brasileira está na mão de meia dúzia de famílias ricas.


Agressão israelense a Gaza mata um e deixa quatro feridos

Uma mulher palestina morreu e outras quatro pessoas foram feridas durante um ataque de forças israelenses na fronteira com Gaza, divulgaram ontem fontes locais, enquanto em Jerusalém Leste denunciaram-se novas demolições de casas árabes.

 Fontes médicas nesta faixa costeira precisaram que as vítimas, incluída a falecida e dois familiares seus, foram baleadas por soldados judeus na aldeia de Johar Al-Deek, próximo ao muro que separa este território palestino de Israel.

O comando militar de Tel Aviv, por seu lado, confirmou a ação armada e tratou de justificar com a alegação de que dispararam contra pessoas suspeitas que se aproximaram da altura do centro do enclave para supostamente lançar algum ataque.

A hostilidade israelense contra os habitantes desta bloqueada faixa registrou um incremento para além do habitual nas últimas semanas, com disparos de canhões, invasão de terrenos e devastação de propriedades e moradias.

Precisamente, o povoado de Qarara, ao oriente da cidade sulista de Khan Younis, foi objeto de uma incursão de militares sionistas com buldózer apoiados por veículos militares, que dispararam, sem causar vítimas, e arrasaram cultivos agrícolas.

As ações violentas israelenses ocorrem quase diariamente na fronteira com este enclave, onde as tropas de Tel Aviv tinham estabelecido uma zona neutra dentre 300 e 800 metros, impedindo a numerosos camponeses cultivar suas terras.

Com informações de Prensa Latina

terça-feira, 13 de julho de 2010

Goleiro Bruno

 
Matagal: foto sugestiva para atrair leitores

Acho que já deu pra encher o saco, né?

“Dobrar o Bolsa-Família” Altamiro desmente Serra

Segundo matéria da Folha de quarta-feira (6), “no primeiro dia oficial de campanha, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, prometeu em Curitiba mais que duplicar os investimentos no Bolsa Família. Os recursos atenderiam, de acordo com o tucano, outras 15 milhões de famílias que deveriam ser assistidas pelo programa... O Bolsa Família atende hoje cerca de 12,6 milhões de famílias e, com a promessa de Serra, chegaria a 27,6”.

A promessa é mais uma das mentiras, descaradamente eleitoreiras, do desesperado tucano. Serra sempre foi um crítico mordaz dos programas sociais do governo Lula. Numa entrevista ao jornal Estadão, em março de 2009, ele condenou o Bolsa Família, afirmando que “a forma de promover a justiça social não pode ser apenas o assistencialismo”. Nos bastidores, os demotucanos sempre desqualificaram este programa como “bolsa esmola” e criticaram a chamada “gastança pública”.

Leia o resto no Blog do Miro

Fidel fala das reais intenções estadunidenses


Conforme divulgado aqui neste espaço, Fidel Castro apareceu na TV cubana para discorrer sobre a situação no oriente médio e a possibilidade de uma nova guerra nuclear.


O ex-presidente de Cuba Fidel Castro participou nesta segunda-feira (12/7) de um programa da televisão oficial cubana em que tratou de questões internacionais, como as sanções contra o Irã e o conflito entre as Coreias.

Para Fidel, os Estados Unidos estão orquestrando uma série de pretextos para agredir o Irã e assim isolá-lo internacionalmente. O ex-presidente disse ainda que as recentes sanções aplicadas à nação iraniana são provas das reais intenções norte-americanas e advertiu ao mundo sobre a ameaça iminente que isto representa.

O líder cubano explicou que assim como a agressão contra um barco sul-coreano supostamente realizada pelos EUA para provocar uma guerra entre as duas Coreias, as sanções contra o Irã ilustram a preocupação norte-americana com o domínio da tecnologia nuclear, motivo o suficiente para uma possível guerra contra os iranianos.

Além disso, o ex-presidente lembrou que a suposta agressão da Coreia do Norte contra a Coreia do Sul serviram de pretexto para os EUA manterem suas bases militares no Japão.

“É muito curioso que esta suposta agressão tenha coincidido com o pedido do novo líder japonês para devolver o território ocupado em Okinawa pelas tropas norte-americanas”, disse Fidel de acordo com o jornal cubano Juventud Rebelde.

Durante a entrevista, Fidel foi acompanhado pelo jornalista Randy Alonso, mediador do Mesa Redonda, pelo historiador Rolando Rodriguez, pelo presidente da Comissão Econômica da Assembleia Popular Nacional e pelo diretor do CNIC (Centro Nacional de investigações Científicas).
  
Abaixo, o programa completo:


















Com informações de Cubadebate e Opera Mundi

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Acompanhe Fidel Castro ao vivo, agora na TV Cubana

Neste exato momento, Fidel Castro está no Mesa Redonda, programa de debates da televisão cubana, debatendo sobre o Oriente Médio, tema recorrente de suas últimas reflexões.

Veja ao  vivo: Cubavisión 
 
Ouça pela Rádio Rebelde

Fidel: A origem das guerras

Fidel castro, que daqui a pouco estará ao vivo no programa cubano Mesa Redonda, escreveu mais uma reflexão ontem:









Por Fidel Castro Ruz

No dia 14 de julho afirmei que os Estados Unidos não cederiam e também não o Irã; "um pelo orgulho dos poderosos, e outro, pela resistência ao jugo e pela capacidade para combater, como ocorreu tantas vezes na história..."
Em quase todas as guerras uma das partes deseja evitá-la, e às vezes, as duas. Nesta ocasião ocorreria, embora uma das partes não o desejasse, mesmo como aconteceu nas duas guerras mundiais de 1914 e 1939, com apenas 25 anos
de distância entre a primeira e a segunda explosão.
As matanças foram espantosas, não se teriam desatado sem erros prévios de cálculos. As duas defendiam interesses imperialistas, e achavam que obteriam seus objetivos sem o custo terrível que implicou.
No caso que nos ocupa, uma delas defende interesses nacionais, totalmente justos. A outra, tem como objetivo propósitos bastardos e grosseiros interesses materiais.
Fazendo uma análise de todas as guerras que ocorreram partindo da história conhecida de nossa espécie, uma delas procurou esses objetivos.
São absolutamente vãs as ilusões de que, nesta ocasião, esses objetivos serão atingidos sem a mais terrível de todas as guerras.
Num dos melhores artigos publicados pelo site Global Research, na quinta-feira 1Â de julho, assinado por Rick Rozoff, ele utiliza abundantes elementos de juízo os quais são inapeláveis sobre os propósitos dos Estados Unidos, que toda
pessoa bem informada deve conhecer.
"... Pode-se vencer se um adversário sabe que é vulnerável a um ataque instantâneo e indetectável, abrumador e devastador, sem a possibilidade de defender-se ou de levar represálias", é o que segundo o autor pensam os Estados
Unidos.
"... Um país que aspira a seguir sendo o único Estado na história que exerce a dominação militar de espectro completo na terra, no ar, nos mares e no espaço."
"Que mantém e estende bases militares e tropas, grupos de combate de porta-aviões e bombardeiros estratégicos sobre e em quase cada latitude e longitude. Que o faz com um orçamento de guerra recorde posterior à Segunda Guerra Mundial de 708 bilhões de dólares para o próximo ano."
Foi " ...o primeiro país que desenvolveu e utilizou armas atômicas..."
"... os Estados Unidos conservam 1.550 ogivas nucleares posicionadas e mais 2.200 (segundo alguns cálculos 3.500)armazenadas, e uma tríade de veículos de lançamento terrestres, aéreos e submarinos."
"O arsenal não nuclear utilizado para neutralizar e destruir as defesas aéreas e estratégicas, potencialmente todas as forças militares importantes de outras nações, consistirá em mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos adaptados a lançamento de submarinos, mísseis cruzeiro e bombardeiros hipersônicos, e bombardeiros estratégicos "super-stealth" capazes de evitar a detecção por radar e assim evitar as defesas baseadas em terra e ar.
Rozoff enumera as abundantes entrevistas coletivas, reuniões e declarações nos últimos meses dos chefes do Estado Maior Conjunto e dos altos oficiais executivos do governo dos Estados Unidos.
Explica os compromissos com a NATO, e a cooperação reforçada dos sócios do Oriente Próximo, leia-se em primeiro lugar Israel. Ele diz que: "os Estados Unidos também intensificam os programas de guerra espacial e cibernética com o potencial de paralisar os sistemas de vigilância e comando militar, de controle, de comunicações, informatizados e de inteligência de outras nações, levando-as à vulnerabilidade em todos os âmbitos, fora do tático mais básico."
Fala da assinatura em Praga, no dia 8 de abril deste ano, do novo Tratado START entre a Rússia e os Estados Unidos, que "... não contém nenhuma restrição sobre o potencial atual ou planificado de ataque global imediato convencional dos Estados Unidos."
Faz referência a numerosas notícias relacionadas com o tema, e representa com um exemplo desconcertante os propósitos dos Estados Unidos.
Assinala que "... O Departamento de Defesa explora atualmente toda a gama de tecnologias e sistemas para uma capacidade de Ataque Global Imediato Convencional que poderia oferecer ao presidente opções mais verossímeis e tecnicamente adequadas para encarar ameaças novas e em desenvolvimento."
Sustento a ideia de que nenhum presidente, nem sequer o mais experiente chefe militar, teria um minuto para saber o que deverá ser feito se não estiver já programado em computadores.
Rozoff, imperturbável, relata o que afirma Global Security Network numa análise intitulada: "Custo de ensaiar um míssil estadunidense de ataque global poderia atingir os 500 milhões de dólares", de Elaine Grossman.
"O governo de Obama solicitou 239,9 bilhões de dólares para pesquisa e desenvolvimento de ataque global imediato por parte dos serviços militares no ano fiscal 2011... Se os níveis de financiamento se mantêm nos próximos anos como foi antecipado, o Pentágono haverá gastado cerca de 2 trilhões de dólares em ataque global imediato para o fim do ano fiscal 2015, segundo documentos orçamentários apresentados no mês passado ao Congresso."
"Um cenário horripilante comparável aos efeitos de um ataque de PGS, este da versão baseada no mar, apareceu há três anos:
"No Pacífico, emerge um submarino nuclear da classe Ohio, pronto para a ordem de lançamento do presidente. Quando chegar a ordem, o submarino dispara ao céu um míssil Trident II de 65 toneladas. Depois de 2 minutos, o míssil voa a mais de 22.000 quilômetros por hora. Por sobre os oceanos e fora da atmosfera acelera durante milhares de quilômetros."
"Na cúspide de sua parábola, no espaço, as quatro ogivas do Trident se separam e começam sua descida para o planeta."
"Voando a 21.000 km/h, as ogivas vão repletas de barras de tungstênio com o dobro da resistência do aço."

Leia o restante em Prensa Latina