A Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras (FNRP) anunciou, em atividade no último dia 9, a realização de uma consulta à população para chamar a uma assembleia constituinte para a refundação do país.
Em um comunicado, a Frente informa que a ação ocorrerá no dia 28 de junho, ao se cumprir o primeiro ano do golpe militar que derrocou ao presidente Manuel Zelaya.
A ação militar, apoiada pelas cúpulas dos partidos tradicionais, sindicatos empresariais e pela igreja, impediu a celebração nesse dia de uma pesquisa nacional organizada pelo governo de Zelaya sobre uma constituinte.
Uma assembleia desse tipo é uma das principais demandas da FNRP, criada depois do golpe pelas organizações sindicais, camponesas, estudantis, de mulheres, partidos progressistas e as bases do Liberal.
No documento, a Frente destaca que essa assembleia "representará a vontade impostergável do povo para construir democracia verdadeira e transformar o sistema de injustiça e repressão instalado pela oligarquia".
Convoca também o Segundo Encontro pela Refundação de Honduras, que se realizará na ocidental cidade da Esperanza, nos dias 12, 13 e 14 deste mês.
Acrescenta que na reunião se continuarão as atividades para desenhar e exigir a assembleia nacional constituinte.
A constituição de Honduras foi aprovada em 1982, durante uma das ditaduras militares que assolaram a esta pequena nação no século passado.
No comunicado, a Frente condena a ingerência do governo dos Estados Unidos nos assuntos internos do país, levada a cabo mediante seu embaixador, Hugo Llorens.
A FNRP assegura que Llorens "de maneira vulgar tenta dar uma cara de legitimidade ao regime de facto mediante um falso diálogo nacional que ignora a rejeição maioritária da população à ditadura".
Reitera seu desconhecimento do governo do presidente conservador Porfirio Lobo, eleito nas questionadas eleições de 29 de novembro do ano passado.
Com informações de Prensa Latina
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