terça-feira, 30 de junho de 2009

Movimentos sociais realizam ato contra golpe em Honduras

A Marcha Mundial das Mulheres, MST, CUT, UNE, entre outras forças sociais, realizam na manhã desta terça-feira (30), no centro da capital paulista um Ato contra o Golpe de Estado em Honduras.

O ato acontece na Rua da Consolação, nº 3741 (entre a Rua Oscar Freira e Estados Unidos).

Confira a nota assinada pelas entidades:

Somos todas Honduras! Estamos em resistência!

A Marcha Mundial das Mulheres e a Rede Latinoamericana Mulheres Transformando a Economia nos unimos a todas as organizações feministas e do movimento social de Honduras para condenar e repudiar veementemente o golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya Rosales, dirigido pelas Forças Armadas e pelo presidente do Congresso Nacional, Roberto Micheletti, com apoio dos meios de comunicação controlados pela oligarquia deste país.

Executado pelas forças armadas às 5 da manhã do domingo, 28 de junho, o golpe truncou as aspirações democráticas da população, que se preparava para realizar uma consulta à sociedade hondurenha, para verificar se estava de acordo em convocar uma Assembléia Nacional Constituinte, com o objetivo de elaborar uma nova constituição. Além disso, o golpe militar colocou na presidência Roberto Micheletti, fantoche da oligarquia hondurenha.

Apoiamos a resistência pacífica do povo, em particular das feministas hondurenhas, que estão mobilizados/as em vigílias e greve geral em apoio ao Presidente Zelaya e à restituição da democracia hondurenha, e nos somamos a todos os movimentos sociais para exigir:

O restabelecimento da ordem constitucional, sem derramamento de sangue.

Que o Exército não reprima a população de Honduras que exige o retorno da democracia.

Que se respeite a integridade física das feministas e demais dirigentes sociais, que estiveram a frente da consulta.

O retorno do Presidente Zelaya a suas funções em Honduras, e o rechaço a Micheletti por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Que as autoridades garantam o direito da população ao pleno exercício da democracia através da consulta popular.

Denunciamos o papel dos meios de comunicação comerciais, utilizados pelas oligarquias hondurenhas como ferramenta para frear a vontade popular e intermediar, encorajar e justificar o golpe, o que os torna cúmplices.

Conclamamos todas as pessoas, organizadas em movimentos ou não, em nível nacional e internacional, a se manifestarem contra esta agressão aos direitos do povo hondurenho e a divulgar este pronunciamento. Convidamos também a socializar informações produzidas pelos meios populares como a Rádio ELM (www.radioeslodemenos.org) e a Rádio Mundo Real (www.radiomundoreal.fm).

Além disso, convocamos os movimentos sociais a protestar frente às representações diplomáticas e comerciais de Honduras, e a enviar cartas de repúdio ao golpe de Estado às embaixadas em cada um de seus países.

Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!

3 comentários:

  1. Minha solidariedade ao presidente deposto. A América Latina deveria riscar do dicionário a palavra golpe. Mas algo chama a atenção, as fotografias mostram poucas pessoas protestando, ao contrário do que está ocorrendo no Irã.

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  2. "as fotografias mostram poucas pessoas protestando, ao contrário do que está ocorrendo no Irã"

    Da mesma forma que aparecem menos protestos hondurenhos na Globo do que no caso do Irã?
    Por que será ???
    Acredito que estas fotos sejam impactantes o bastante,né Maia?
    Mas, não o culpo, é provável que estejas fazendo esta análise sob o efeito da embriaguez midiática gerada pela "revolução verde" iraniana.

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  3. Solirazamo-nos com povo hondurenho em face do golpe anti-democrático que enfrenta por parte da oligarquia fascista e reacionária que tomou o governo de assalto. No Brasil sabemos bem o que isso significa. Mas temos fé na restauração das liberdades e do direitos humanos de vocês. Mobilizamo-nos aqui exigindo a volta do presidente constitucional e democraticamnete eleito. E rezamos pela expulsaõ do demônio ditatorial que tanto infernizou a América Latina. Lutem sempre com esperança, pois não há contexto latino-americano e mundial que segure por muito tempo essa insanidade da elite dominante daí.

    Dom Orvandil Moreira Barbosa (www.padreorvandil.blogspot.com - Dom Orvandil Debates)

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