quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rebeldes exigem mais condições às empresas gestoras de minas


Rebeldes maoístas nas Filipinas exigem que as empresas de minas indemnizem comunidades e protejam o meio ambiente, sob pena de sabotarem as suas actividades, afirmou, ontem, um porta-voz dos guerrilheiros.
As Filipinas possuem depósitos minerais em todo o arquipélago, estimados, no total, em um trilião de dólares, mas a produção é baixa.
O sector foi aberto a concessões estrangeiras por uma lei de 1995. O Governo tem tentado atrair investimentos estrangeiros, mas os ataques rebeldes e a oposição da Igreja Católica, preocupada com a exploração das comunidades, travaram o desenvolvimento.
“Se tivéssemos apenas agido à nossa maneira, paralisávamos todas operações nas minas do país,” afirmou Jorge Madlos, porta-voz do braço político dos rebeldes, a Frente Democrática Nacional, durante cerimónia que marcou o 42º aniversário da fundação do Partido Comunista das Filipinas.
Os rebeldes estão activos em quase todas as 80 províncias do país e frequentemente atacam fazendas, minas, e instalações de telefonia móvel como parte dos esforços para obter fundos para a sua luta.
Há duas semanas, atacaram e incendiaram, numa ilha do sul do país, uma mina de ouro e cobre.
O ataque ocorreu antes de um cessar-fogo de 19 dias, devido ao Natal, que termina em 3 de Janeiro.

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