Sem nos olhos sombrios terem lágrimas,
êles movem o tear, rangendo os dentes:
- Alemanha, tecemos-te a mortalha,
lançando contra ti três maldições.
Tecemos, tecemos.
Maldição para o Deus ao qual rezamos
no frio inverno e em meio da miséria.
Esperamos em vão o seu socorro.
A todos iludiu, zombou de todos.
Tecemos, tecemos.
Maldição para o rei que é só dos ricos,
que a pobreza despreza altivamente,
arrancando nossa última moeda,
e, como cães, nos manda fuzilar!
Tecemos, tecemos.
Maldição para a pátria que nos trai,
e com suas infâmias nos humilha,
onde as flôres fenecem muito cedo,
e a podridão os vermes, alimenta.
Tecemos, tecemos.
Voa a naveta. O tear está rangendo.
Tecemos sem parar, velha Alemanha,
tua negra mortalha, noite e dia,
lançando contra ti três maldições!
Tecemos, tecemos.
Heinrich Heine
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Parabéns pelo seu Trabalho!
[Na Práxis]
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02/05/2010 ~ 08/05/2010
Um abraço,
Dário Dutra