sábado, 3 de abril de 2010

Presidente angolano honra memória de combatentes angolanos e cubanos

O herói africano Agostinho Neto com Fidel Castro

"Celebrar o 22º aniversário da Batalha de Cuito Cuanavale é fazer justiça aos heróis angolanos e cubanos que não hesitaram em dar suas vidas em defesa desta terra africana", disse José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, em um ato homenagem celebrado no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda.

Para o líder africano, estes combatentes enalteceram os elevados valores de amizade e solidariedade entre os povos, sem contar que a luta empreendida é o símbolo maior da resistência contra o regime da apartheid sul-africana.

Dos Santos fez questão de salientar que a data deve constituir também um momento de reflexão para as novas e futuras gerações porque dá fé da generosidade e o espírito combativo da juventude angolana e também de um elevado amor à pátria.

A ofensiva final contra os racistas sul-africanos, disse, foi preparada por Cuba e Angola, ao tempo que coube às FAPLA a heróica missão de defender as linhas estratégicas conseguidas. A vitória em Cuito e a contra-ofensiva levou à celebração em maio de 1988 da primeira reunião tripartita entre Angola, Cuba e a África do Sul. O exército sul-africano viu-se forçado a aceitar incondicionalmente os termos de sua retirada total e definitiva de Angola. Graças a isso foram assinados em dezembro os acordos de Nova Iorque.

Cuito Cuanavale foi a virada que desequilibrou a balança de forças a nosso favor, afirmou o presidente, aumentando nossa resistência contra as ingerências e agressões externas. Contribuiu, aliás, à defesa da soberania e a integridade territorial de Angola e abriu o caminho para o estabelecimento de uma paz definitiva neste país africano, asseverou.

A batalha teve uma grande repercussão em todo o continente e foi referência inesquecível no processo de afirmação da identidade e dignidade dos povos africanos. Depois dela, Nelson Mandela foi liberado e a grande maioria negra da África do Sul ascendeu ao poder.

Durante a cerimônia na sede presidencial, o governante angolano recebeu o Troféu de Guerra entregue pelos combatentes como reconhecimento por todo o feito pelos angolanos e o país.

Neste ato de homenagem a lutadores de Cuito Cuanavale, estiveram presentes os embaixadores de Cuba em Angola, Pedro Ross Leal; da Namíbia, Lineekela J. Mboti; da Rússia, Serguéi Nenachev; e dos Estados Unidos, Dan Mozena.


Para saber um pouco mais da relação da Revolução Cubana com o continente africano veja:







Com informações de ACN

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