quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Evo pede a militares bolivianos preparem-se para enfrentar ameaça imperial

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu hoje às Forças Armadas do país que se preparem para enfrentar uma eventual invasão norte-americana a partir das sete bases cedidas pela Colômbia por meio de um acordo assinado em outubro de 2009.
Dirigindo-se aos comandantes militares, o mandatário cobrou uma nova doutrina, em que "as Forças Armadas deverão se preparar para enfrentar os interesses do império".
"Não são os povos que levantam armas de guerra. É o império que levanta armas de guerra contra os povos. Querem invadir sob o pretexto do terrorismo, sob o pretexto do narcotráfico, mas no fundo é por causa dos recursos naturais", disse.
Morales, que deu início a seu segundo mandato como presidente em janeiro, falou na inauguração do ano letivo do colégio militar do Exército, que pela primeira vez terá entre seus estudantes 20 indígenas.
De acordo com o presidente, a preparação dos futuros oficiais deverá obedecer a uma doutrina que esteja vinculada às necessidades do processo de mudança impulsionado por seu governo, tendo como prioridade a "dignidade de todos os bolivianos". Por sua vez, o comandante das Forças Armadas, general Ramiro de la Fuente, garantiu que os oficiais agirão conforme as determinações e características do Estado Plurinacional boliviano, instaurado a partir da promulgação da Constituição que foi aprovada em janeiro do ano passado.
Há 15 dias, quando trocou os comandantes das Forças Armadas e da polícia, Evo Morales pediu a "descolonização" destas instituições por meio da criação de doutrinas próprias e fundamentalmente "anticapitalistas".
Por meio de um acordo assinado em outubro, os Estados Unidos podem enviar um contingente de até 1.400 oficiais para atuar em sete bases militares cedidas pela Colômbia durante dez anos.


Informações de Ansa Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário