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terça-feira, 7 de junho de 2011

Chávez: Ação na Líbia mostra “loucura imperial” dos EUA

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta terça-feira (07) que os Estados Unidos sofrem de uma “loucura imperial” que, segundo ele, é demonstrada nos ataques a outros países como a Líbia.“Poucas vezes se viu ou se viveu um bombardeio a um país para, entre aspas, proteger os civis”, quando “precisamente as bombas atingem todo mundo”, disse Chávez à imprensa em sua chegada na madrugada desta terça-feira à cidade equatoriana de Salinas, onde se reunirá com o presidente Rafael Correa.

Chávez questionou a estratégia da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de bombardear de forma indiscriminada a Líbia e denunciou que os aliados enviaram helicópteros para “caçar” ou “matar” o líder líbio, Muammar Kadafi.

“O que estamos vendo hoje é o cúmulo do cinismo”, disse Chávez, que acrescentou que as sanções impostas por Washington à companhia petrolífera venezuelana PDVSA, por vender gasolina ao Irã, “são parte dessa loucura imperial”.

Chávez agradeceu aos governos que manifestaram solidariedade com a Venezuela após as sanções dos EUA e ressaltou que as supostas tentativas desestabilizadoras de Washington contra a Síria e outros países do Oriente Médio não poderão ser aplicadas na América do Sul. “Não vão conseguir desestabilizar nem a Venezuela, nem o Equador, nem a Bolívia e muito menos o Brasil ou a Argentina”, declarou o governante.

“Eles não podem com a força que nos dá a independência, a soberania e a liberdade”, acrescentou. Chávez revelou que, na reunião com Correa, além de revisar o estado dos convênios entre Equador e Venezuela, os dois líderes se propuseram a fortalecer a integração binacional, assim como a latino-americana. Segundo ele, o objetivo da integração é criar uma “região de paz, de democracia e de desenvolvimento humano”.

Fonte: Correio do Brasil

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ajuda humanitária na Líbia? Só para os bandos aliados dos EUA



Leia este artigo publicado em Carta Maior

Líbia: uma guerra com nome e sobrenome

Um médico que cura só os amigos e não os inimigos é um participante na guerra ou um cúmplice. Uma organização que protege os civis só de um lado e não os do outro não é humanitária, mas sim beligerante. De modo que não há nada de histórico na Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. Histórica teria sido uma resolução para proteger os civis em todas as guerras, incluindo uma zona de exclusão aérea sobre Gaza, Bahrein, Paquistão e Afeganistão. O que está ocorrendo agora na Líbia é uma intervenção na qual se apoia uma parte contra a outra. Isso tem um só nome: guerra. 

O artigo é de Johan Galtung(*)

Fiquei profundamente impressionado quando era um menino de 11 anos ao ver que meu pai, que era medida, operava dia e noite para salvar as vidas de soldados alemães que tinham ocupado meu país, a Noruega. Eles tinham ficado gravemente feridos por um torpedo que alcançou seu navio quando tentavam desembarcar. Meu pai dizia que o dever supremo de um médico é o de salvar vidas, sem fazer distinção alguma.

Um médico que cura só os amigos e não os inimigos é um participante na guerra ou um cúmplice. Uma organização que protege os civis só de um lado e não os do outro não é humanitária, mas sim beligerante. De modo que não há nada de histórico na Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU. Histórica teria sido uma resolução para proteger os civis em todas as guerras, incluindo uma zona de exclusão aérea sobre Gaza, Bahrein, Paquistão e Afeganistão. Mas no mesmo no dia em que se aprovou a resolução 1973, em 17 de março de 2011, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi tema de manchetes de primeira página ao matar civis no Afeganistão, o que, pelo visto, é uma rotina diária.

O que está ocorrendo agora na Líbia é uma intervenção na qual se apoia uma parte contra a outra. Isso tem um só nome: guerra.

É verdade, o presidente Barack Obama é mais multilateral que George W. Bush. Mas o problema não é quanto são os que decidem, mas sim o que decidem. Também é verdade que a resolução do Conselho de Segurança excluiu a previsão feita por Fidel Castro em 21 de fevereiro de que a OTAN iria ocupar a Líbia.

A maioria e a não aplicação do veto foram claras. Mas o trio anglo-estadunidense-francês representa menos de 500 milhões de pessoas, enquanto que os cinco países que se abstiveram – Brasil, Rússia, China, Índia e Alemanha – constituem quase a metade da humanidade.

Quem ganhar o apoio dos países islâmicos dirigirá o mundo e a OTAN agora está em guerra com quatro deles. O fato de os Estados Unidos colocarem-se em um segundo plano é facilmente explicável. O país está na bancarrota e quer compartilhar os custos econômicos, militares e, sobretudo, políticos. Há objeções no Congresso estadunidense sobre o tema e alguns temem que possa se converter em um atoleiro pior que o do Afeganistão.

Certamente, ninguém deveria ficar simplesmente olhando um regime reprimir seu próprio povo, como fez Kadafi. Todo outro tipo de medida deveria ter sido usada, incluindo a derrubada de aviões por meio de mísseis transportados por navios de guerra. Mas como alguém disse ironicamente na Rádio Nacional Pública dos Estados Unidos “presidente Obama lançou mais mísseis de cruzeiro que todos os outros ganhadores do Prêmio Nobel da Paz juntos” e esses projéteis atingiram todo tipo de alvos existentes, quer estivessem voando, circulando em veículos terrestres ou caminhando.

Um precedente é a ação da OTAN contra a Sérvia, na qual foram usados “todos os meios necessários”, mas sem um mandato do Conselho de Segurança da ONU. Como na Líbia, na Sérvia e no Kosovo o Ocidente fez sua propaganda habitual. O inimigo é reduzido a uma pessoa a odiar, ou seja, a receita usada por Orwell em seu livro “1984”. Milosevic, Hussein, Osama bin Laden e agora Kadafi. Esse trabalho preparatório foi feito também contra Fidel Castro e Hugo Chávez, até agora sem ações posteriores. É um paradoxo que o Ocidente, que produziu a ideia de um contrato social que o povo pode reconsiderar – Rousseau contra Hobbes – concentre-se tanto em uma só pessoa e tão pouco no povo.

Mas as metas na Sérvia eram claras: bombardear as empresas estatais, não as privatizadas, abrir caminho às corporações transnacionais para o controle dos recursos naturais, conseguir instalar essa enorme base militar chamada Camp Bondsteel e apoiar um chamado exército de libertação (UCK) que ostentava antecedentes recorde em matéria horrores. As armas usadas contra a Sérvia incluíram bombas de fragmentação e urânio empobrecido, que é radioativo e causa câncer nesta e nas futuras gerações.

Não sabemos se isso se aplica na guerra contra a Líbia. Não está claro quem são os rebeldes, ainda que não haja dúvida de que se opõem, com razão, fortemente à ditadura de Kadafi. Mas o que é que eles querem mesmo? Supostamente permitirão os investimentos estrangeiros diretos no petróleo e a instalação de uma ou duas bases militares, tanto por gratidão quanto para solidificar a vitória. E os Estados Unidos teriam então, finalmente, o que têm buscado há longo tempo: uma base da OTAN na África.

Na Líbia, talvez haja milhões de pessoas que não gostam de Kadafi, mas há também aqueles que, em troca, gostam muito de algumas de suas realizações. O Ocidente corre o risco de se converter em vítima de sua própria doutrina de “um país, uma pessoa” e cometer mais um duradouro e trágico crime contra a humanidade.

(*) Johan Galtung é professor de Estudos sobre a Paz, e reitor de Transcend, uma organização que promove a paz, o desenvolvimento e o meio ambiente.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Segue a matança: mais 7 civis mortos e 25 feridos em bombardeio da OTAN

Informação divulgada por meios Líbios? Não. Notícia repercutida pela ... Globo, que não é exatamente a favor de Kadafi.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Bombardeio matou 40 civis na Líbia, denuncia...Kadafi? Não,Vaticano!

O Vaticano denunciou hoje que bombardeios das forças ocidentais contra a Líbia mataram pelo menos 40 civis em Trípoli, no bairro de Buslim, onde um prédio inteiro foi destruído por um míssil. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumiu oficialmente a operação no país, que mudou de nome, de "Aurora da Odisseia" para "Protetor Unificado". A operação permanece com o objetivo declarado de evitar que as tropas do governante líbio, Muamar Kadafi, matem civis.

Leia mais em DGABC


E aí? A mídia corporativa vai mostrar isso ou vai acusar o Vaticano de ser "oficialista-estatal-pró-Kadafi"?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Chávez comenta os bombardeios à Líbia

"Kadhafi está a fazer o que tem que fazer, resistir a uma agressão imperial (...) não está previsto agora que Kadhafi saia da Líbia", disse Chávez.

O presidente da Venezuela falava durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo uruguaio, José Mujica, no âmbito de um périplo por quatro países da América Latina, que começou na Argentina e o levará ainda à Bolívia e à Colômbia.

Hugo Chávez voltou a criticar a intervenção militar internacional na Líbia e revelou que em novembro perguntou a Muammar Kadhafi onde estavam colocadas as suas reservas internacionais e que este lhe respondeu que estavam asseguradas na Europa e nos Estados Unidos.

"Asseguradas? Ninguém suspeitava o que iria ocorrer (...) Congelaram isso (reservas) à Líbia, estão roubando 200 mil milhões de dólares do povo líbio. Tenho um mês dizendo isso e ninguém responde na Europa à pergunta que faço", disse.

Hugo Chávez defendeu que é importante que a América Latina avance com a criação do Banco do Sul para que as reservas internacionais dos países da região não sejam controladas pela Europa e pelos Estados Unidos.

"Em vez de ter esses dinheiros lá no norte, os traremos para cá. Não digo todo mas uma parte das reservas", disse.

Chávez sublinhou ainda que "não está previsto" que a Venezuela conceda asilo a Kadhafi, sublinhando que
"ele disse em distintas ocasiões que não se irá da Líbia".

"Eu sou um tirano para muitos e até assassino, mas (Barack) Obama é prémio Nobel da Paz e ele é quem ordenou o bombardeio. No Iraque, no Afeganistão, foi o governo dos Estados Unidos (que ordenou), e agora na Líbia, mas assim anda o mundo. O mundo às avessas",
disse.

Durante a conferência de imprensa o presidente do Uruguai, José Mujica, defendeu a "autodeterminação dos povos" e que para os uruguaios "é uma questão de princípios não reconhecer a ninguém o direito a intervir noutro país".

Fonte: SAPO - Portugal

Oposição a Kadafi inaugura até canal de televisão próprio

Com apoio da OTAN  e da "ditadura amiga" do Catar, a oposição lança, hoje, seu próprio canal de TV.

Fonte: Lusa

Forças de Kadafi são alvo de ataque a oeste de Ajdabiya

Um ataque aéreo contra as forças do dirigente líbio Muammar Kadafi foi lançado nesta quarta-feira pouco antes das 15h GMT a oeste de Ajdabiya, comprovou um jornalista da AFP.
Depois do ataque aéreo, a vários quilômetros da cidade, era possível ver uma enorme bola de fogo de dezenas de metros, seguida uma coluna de fumaça negra, constatou jornalista.
O ataque, o primeiro em dois dias, foi imediatamente saudado por uma centena de rebeldes posicionados na entrada oeste de Ajdabiya.

Fonte: Terra

Apesar dos ataques da OTAN, forças de Kadafi reconquistam cidade de Brega

Horas depois de retomar Ras Lanuf do controle dos rebeldes, as forças leais a Muammar Kadafi expulsaram os aliados da OTAN  do porto petroleiro de Brega.

A informação foi confirmada pelos próprios "rebeldes" em Ajdabiya, cidade situada 80 km a leste de Brega, que disseram poder ouvir tiros de canhão na região.

A reconquista de Brega poucas horas depois da de Ras Lanuf confirma a rápida progressão do Exército governamental rumo ao leste do país, reduto dos insurgentes.

Com esse cenário, a tendência é a de que a OTAN despeje mais bombas por sobre o país.

Com informações de Folha e AFP

Líbia: Aliados da OTAN retrocedem para tentar proteger Ajdabya do exército Líbio

Os rebeldes líbios retrocederam nesta quarta-feira para proteger a estratégica cidade de Ajdabiya, situada a 160 quilômetros a sudoeste de Benghazi, enquanto a linha da frente se transferiu ao enclave petroleiro de Brega, informou o coronel Ahmad Omar Bany, porta-voz militar dos insurgentes.
Em entrevista coletiva em Benghazi, Bany disse que "a frente se situa agora em ambos lados de Brega (a cerca de 200 quilômetros a oeste de Benghazi)", onde continuam os combates.

Fonte: Terra


Forças de Kadafi recuperam controle da cidade petrolífera Ras Lanuf

As forças do regime de Muammar Kadafi recuperaram hoje o controle da cidade petrolífera de Ras Lanuf, forçando os rebeldes a abandonarem as posições e a retirarem para leste, segundo jornalistas de agências internacionais.

Fonte: SAPO - Portugal

Forças de Kadafi freiam aliados da OTAN em Bin Jawad

Forças do Exército mantiveram hoje suas posições em torno de Bin Jawad e frearam a ofensiva dos rebeldes armados para o oeste de Líbia, apesar de serem apoiados pelos bombardeios da coalizão internacional.

Pelo segundo dia consecutivo as hostes dos rebeldes retrocederam diante da potência de fogo dos leais ao líder líbio, Muamar Kadafi, cuja defesa da cidade de Sirte tem sido bem mais sólida do imaginado pelos inssuretos, segundo seus próprios líderes.

Os insurretos tentam desde domingo fazer com o controle de Sirte, a cidade natal do Kadafi, confiantes na ajuda dos bombardeios indiscriminados da coalizão internacional sobre cidades da costa leste e oeste do país.

Atualmente os combates mais encarniçados registram-se na localidade de Nawfaliya, uns 180 quilômetros ao oriente de Sirte, e segundo diferentes fontes, a meio dia desta quarta-feira moviam-se para Ras Lanuf, o principal enclave petroleiro do país norte-africano.

Por seu lado, a televisão oficial líbia destacou a resistência dos militares governamentais e em sua programação habitual intercala informes dos sucessos no terreno de operações militares, bem como da solidariedade popular ao mandatário.

À margem dos espaços noticiosos habituais, o canal Al Jamahiriya mantém conexão telefônica com cidadãos que expressam lealdade a Kadafi e condenam a que denominam "brutal cruzada colonial" contra sua nação.

Junto com epítetos muito despetivos para os presidentes dos Estados Unidos e França, a televisão informou de concentrações de homens e mulheres acompanhados de seus meninos" em frente a Bab Al-Aziziya, um lugar emblemático de Trípoli onde se repetem marchas pró-governamentais.

Os manifestantes, descreveu Al Jamahiriya, cantam e cantam consignas que "materializam a alta moral do povo heroico de Líbia que crê em sua vitória, pela vontade de Allah, em frente à colossal cruzada colonial".

Assim, informou de atos de solidariedade de professores e estudantes da universidade de Shebha, de escolas islâmicas, ímãs e outros setores sociais.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte VIII

Coalizão de voluntários
Se o objetivo fosse proteger a população civil, o encarregado de aplicar a resolução 1973 seria a ONU, Ao invés disso, as operações militares são cooredenadas atualmente pelo US AfriCom, o comando americano na África e, supostamente, passarão para o comando da Otan. É por isso que o ministro de Relações Externas da Turquia, Ahmet Davutoglu, mostrou-se indignado diante da iniciativa francesa na agressão e exigiu explicações por parte da Otan.

De maneira mais direta, o premiê russo Vladímir Pútin qualificou a resolução 1973 como viciada e inadequada. "Se alguém ler a resolução verá que ela autoriza qualquer um a tomar medidas contra um Estado soberano. Tudo isso me lembra a conclamação medieval à cruzada", concluiu Pútin.
Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte VII

Congelamento de bens
Se o objetivo fosse proteger a população civil, teria sido determinado apenas o congelamento dos bens pessoais da família de Kadafi e dos altos funcionários do regime, para impedi-los de violar o bloqueio sobre o armamento. No entanto, esse congelamento foi extendido também aos bens do Estado líbio. O fato é que a Líbia, sendo um rico Estado petroleiro, dispõe de um tesouro considerável, parte do qual está investido no Banco do Sul, instituição que se dedica ao financiamento de projetos no Terceiro Mundo. Como assinalou o presidente da Venezuela Hugo Chávez, o congelamento de bens não protegerá os civis. Seu objetivo e restabelecer o monopólio do Banco Mundial e do FMI.

Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte VI

Zona de exclusão aérea
Se o objetivo fosse proteger a população civil, a zona de exclusão se limitaria aos territórios sublevados, como foi feito no Iraque com o Curdistão. A realidade é que a proibição de voo se extende a todo o país. Desse modo, a coalizão espera manter a correlação de forças em terra e dividir o país em quatro partes: as três sublevadas e a zona líbia.

Esta divisão de fato da Líbia deve ser comparada com a do Sudão e da Costa do Marfim, as primeiras etapas do "redesenho da África".
Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte V

Embargo sobre o armamento
Se o objetivo era proteger a população, teria bastado instaurar um embargo aos mercenários e ao armamento destinado ao exército de Kadafi. Em vez disso, o embargo também foi extendido aos sublevados, como prevenção contra sua possível vitória. O verdadeiro objetivo era deter a revolução.

Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte IV

Reconhecimento do Conselho Nacional Líbio de Transição
Há três zonas sublevadas na Líbia. Um Conselho Nacional de Transição foi constituído em Benghazi. Em seguida se fundiu com o Governo Provisório, criado pelo ministro de Justiça de Kadafi, que se uniu aos sublevados. Foi esse mesmo personagem, segundo as autoridades búlgaras, que organizou as torturas contra as enfermeiras búlgaras e o médico palestino que o regime manteve detido por um longo tempo.

Ao outorgar seu reconhecimento a este Conselho Nacional Líbio de Transição e ao eximir de toda culpa seu novo presidente, a coalizão de países ocidentais escolhe seus interlocutores e os impõe aos sublevados como dirigentes. Isso permite afastar os revolucionários nasseristas, comunistas e khomeinistas.
O objetivo é adiantar-se aos acontecimentos e evitar o que aconteceu na Tunísia e no Egito, quando os ocidentais impuseram um governo do partido de Ben Ali sem Ben Ali ou um governo de Suleiman sem Mubarak, governos que os revolucionários derrubaram do mesmo modo.
Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte III

Apoio da União Africana e da Liga Árabe
Desde o início destes acontecimentos, França, Reino Unido e Estados Unidos não deixam de afirmar que esta não é uma guerra ocidental, embora o ministro francês do Interior, Claude Gueant, tenha falado de uma "cruzada" de Sarkozy. Os três países mencionados se escudam assim no apoio que sopostamente teriam recebido da União Africana e da Liga Árabe.

A realidade é que a União Africana condenou a repressão e reconheceu a legitimidade das exigências pela democracia, mas se pronunciou em todos os momentos contra uma intervenção armada estrangeira. Em relação à Liga Árabe, se trata de uma organização que reúne principalmente uma série de regimes ameaçados por revoluções similares. Esses regimes apoiaram o mesmo princípio de contrarrevolução ocidental — alguns deles inclusive estão participando dela no Barein — mas não podem se dar o luxo de chegar a apoiar uma verdadeira guerra ocidental, porque teriam de enfrentar uma aceleração dos movimentos de oposição internos que poderiam derrotá-los.

Fonte: Cubadebate

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte II

Apoio à "primavera árabe"
Em seu discurso perante o Conselho de Segurança, o ministro francês de Relações Externas, Alain Juppé, elogiou a "primavera árabe" em geral e a insurreição líbia em particular.

Seu lírico discurso escondia terríveis intenções. Não disse uma única palavra sobre a sangrenta repressão no Iêmen e no Barein, mas elogiou o rey Mohamed VI, de Marrocos, como se tratasse de um dos militantes revolucionários, contriuindo assim para piorar a desastrada imagem da França que existe no mundo árabe, graças à presidência de Sarkozy.
Fonte: Cubadebate

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mentiras sobre a Guerra contra a Líbia: Parte I

É costume dizer que em uma guerra, a primeira vítima é a verdade. As operações militares na Líbia e a resolução 1973, que serve como base jurídica, não são uma exceção à regra. São apresentadas ao público como necessárias para proteger a população civil vítima da repressão indiscriminada do coronel Kadafi. Na realidade, têm objetivos imperialistas clássicos.
Vejamos a seguir alguns elementos clássicos:

Crimes contra a humanidade

Com a intenção de piorar o panorama, a mídia corporativa fez crer que as centenas de milhares de pessoas que fugiam da Líbia estavam tratando de escapar de um massacre. Agências de notícias falaram de milhares de mortos e de "crimes contra a humanidade". A resolução 1970 denunciou perante a Corte Penal Internacional possíveis "ataques sistemáticos ou generalizados contra a população civil". O conflito líbio tem na realidade uma leitura politica e, por sua vez, uma leitura em termos tribais. Os trabalhadores imigrantes foram as primeiras vítimas do enfrentamento. Bruscamente, viram-se obrigados a partir. Os combates entre os partidários de Kadafi e os sublevados foram certamente sangrentos, mas não nas proporções anunciadas. Nunca houve uma repressão sistemática contra a população civil.

Fonte: Cubadebate

quarta-feira, 23 de março de 2011

Líbia resiste a novos bombardeios; Kadafi descarta renúncia


Aviões militares de países ocidentais continuaram nesta quarta-feira (22) os bombardeios indiscriminados contra a capital líbia, Trípoli, e outras áreas costeiras do país, depois que o líder Muamar Kadafi descartou a rendição de seu povo e vaticinou uma vitória.
Emissoras de televisão de várias nações árabes, assim como a líbia Al-Jamahiriya, mostraram instalações aéreas e navais, edifícios civis e áreas residenciais destruídas por mísseis da aviação e da marinha de guerra dos Estados Unidos, França e Reino Unido.

Na quarta noite consecutiva de bombardeios sobre Trípoli pode ser visto o fogo de balas traçantes da artilharia anti-aérea cruzando o céu da capital. Foram ouvidas explosões potentes, muitas delas próximo da residência de Kadafi e de um hotel onde estão hospedados os repórteres estrangeiros.

Os ataques se intensificaram precisamente depois de um discurso pronunciado à noite pelo mandatário, no qual conclamou seus apoiadores a lutar e confiar na vitória frente ao que qualificou de "injustificada" agressão internacional.

"Conquistaremos a vitória final. Não nos renderemos, os derrotaremos de todos os modos; o povo líbio está preparado para a luta, seja curta ou longa, enfatizou Kadafi diante de uma multidão que fazia tremular bandeiras verdes e exibia grandes posteres com sua imagem.

O chefe de Estado falou a partir de uma instalação do complexo residencial de Bab El-Aziziya, no sul de Trípoli, de onde pronunciou outros discursos nas últimas semanas e que foi parcialmente destruído por mísseis ocidentais na noite de domingo.

"Estou aqui, em minhas casa, minha casa está aqui, estou em minha haima (tenda beduína)", afirmou, para em seguida recordar que os bombardeios dos países da Otan constituem uma violação da Carta das Nações Unidas, apesar de terem sido autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança.

Após qualificar os agressores como "grupo de fascistas enlouquecidos que terminarão na lata de lixo da história", Kadafi reiterou para a televisão estatal que enfrentará o que denominou de "cruzada contra o Islã", e conclamou a "todos os exércitos islâmicos" a reunirem-se a essa luta.