domingo, 9 de janeiro de 2011

Wikileaks: EUA querem investigar os seguidores no Twitter


No início deste domingo, através de sua conta no Twitter, o Wikileaks divulgou cópia do que seria um fax da intimação enviada pela Justiça americana ao Twitter para fornecer informações relativas ao Wikileaks. O documento é datado de 14 de dezembro de 2010.

A novidade, entretanto, é que agora o Wikileaks denuncia que as informações que o Twitter terá que fornecer, não são adstritas somente às contas anteriormente divulgadas, mas também, segundo sua opinião, de dados de quaisquer contas eventualmente ligadas a dos investigados. O que importaria também nos mais de 630 mil seguidores, de acordo com o documento em seu ítem 2.B e a versão dada pelo site fundado por Julian Assange.

Logo após, o perfil no Twitter divulgou aos seus seguidores que havia criado um fundo especial para ajudar nas despesas legais para a defesa do Wikileaks na ação.

Ainda não houve manifestação oficial do Governo americano.

A informação logo se transformou na mais retuitada e comentada do Twitter, de acordo com o site Topsy, e deverá ter ainda mais repercussão ao longo do dia. Se for confirmada, mesmo os que deixarem de seguir o perfil, não estariam imunes à investigação, como afirmou o próprio wikileaks em sua conta no twitter.

Intimação do Twitter

Mais cedo, havia sido noticiado que o Governo norte-americano intimou o Twitter para que forneça várias informações ligadas à conta do site Wikileaks no serviço de dados. O alvo principal seria o fundador do site, Julian Assange e a determinação foi dada por um Juiz do do Estado de Virgínia , atendendo a pedido formulado pelo Departamento de Justiça dos EUA.

A informação havia sido divulgada pelo próprio Wikileaks. Procurado pela imprensa, o Twitter preferiu não comentar, mas declarou que quando ocorrem tais fatos, é parte da política do site informar aos usuários.

Além de Julian Assange, o militar acusado de ter fornecido os telegramas que causaram o cablegate (vazamento de vários dados diplomáticos dos EUA), Bradley Manning, e mais dois colaboradores do Wikileaks.

O fato, somando-se a vários outros que vêm tornando o Wikileaks uma grande dor-de-cabeça para o governo de Barack Obama, ganha um contorno ainda mais preocupante quando se percebe que diz respeito à privacidade de todos os usuários da internet e de suas imensas redes sociais. O próprio Wikileaks, em sua conta no Twitter, declarou que suspeita que o mesmo pedido tenha sido feito ao Google e Facebook.

A importância do Twitter para o Wikileaks se explica: após a série de ataques que o site sofreu, o que levou a sair do ar, a conta nas redes sociais, mormente no Twitter, tem sido seu maior fator de comunicação com o mundo.

Com informações de JB

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