terça-feira, 6 de abril de 2010

Bozo News: Poder Midiático (?) de Chavez





Pois é, caro leitor do Na Práxis essa foi para arrebentar o ... ânimo do palhaço:

A Globo reproduz uma matéria de um correspondente da Reuters que se chama Enrique Andrés Pretel, esse sujeito é especializado em escrever matérias sacanas contra o governo da Venezuela [1].
Durante o golpe de Honduras, o parvo chamava o golpista assassino Micheletti de "presidente interino", bem como ajudou a esparramar a mentira de que Zelaya queria perpetuar-se no poder. [2]  
A matéria em questão, que irei comentar em vermelho, está sob o título: 

Twitter desafia poder midiático de Chávez na Venezuela

O vertiginoso crescimento do Twitter como meio alternativo de informação na Venezuela fez disparar os alarmes para o presidente Hugo Chávez, que, após uma década travando uma "guerra midiática" contra seus opositores, percebeu ter deixado um lado desprotegido: a Internet. 

Mas que cara de pau: quem trava uma incansável "guerra midiática" é a direita venezuelana, que a exemplo do Brasil é detentora da maioria dos meios de comunicação através de oligopólio.
Se abafa o fato de que, em 2002, Chávez sofreu um golpe de estado amparado pesadamente pelos meios de comunicação!
Um golpe que durou apenas três dias, por conta da reação popular. Aliás, enquanto milhões de pessoas cercavam o palácio presidencial pedindo Chávez de volta, emissoras como a RCTV propagavam que o governo golpista estava estabelecido com toda a tranquilidade possível.
Com 200 mil contas ativas, a Venezuela é um dos países latino-americanos com mais 'twiteiros' per capita entre internautas e, apenas em 2009, o número de usuários do popular serviço de microblogs disparou mais de mil por cento no país.

E a direita ainda diz que a Venezuela é uma ditadura...

Jornalistas, líderes de opinião e a mídia no geral, a maioria opositores do governo, se inscreveram em massa no serviço que permite postar mensagens de 140 caracteres para seguidores de seu perfil, contribuindo para dar cada vez mais relevância em uma sociedade em que falta informação.

"(...)líderes de opinião e a mídia no geral, a maioria opositores do governo"

Isso é um ato falho ou se reconhece que "a mídia no geral" é contra o governo? 

"(...) em uma sociedade em que falta informação."

 Bom, numa sociedade em que "a mídia no geral" é contra o governo, deve faltar muita informação mesmo.
Menos mal que existem a Venezuelana de Television e a TeleSur (que são de controle público), ainda assim, são apenas dois canais contra todo o resto.

Embora seu impacto real na cena política venezuelana seja limitado, muitos veem estes 'telegramas digitais' como uma poderosa ferramenta para desafiar a avassaladora presença midiática de Chávez em um momento em que sua popularidade se encontra em xeque devido às crises elétrica e econômica. 

"avassaladora presença midiática de Chávez "

Só se for por conta da pegação de pé que jornais, revistas e  programas televisivos de baixíssimo nível operam contra Chávez diariamente.

"popularidade se encontra em xeque"

Esse é o típico "dessa vez ele cai", que a imprensa safada adora utilizar contra políticos extremamente populares, como Chávez.
  
"O Twitter não vai mudar tendências eleitorais, não vai convencer alguém a mudar seu voto. O que está, sim, mudando é a forma de se comunicar e se organizar dos usuários, dando-lhes um poder e uma presença informativa inéditos", disse Luis Carlos Díaz, do Centro Gumilla.
Analistas acreditam que, com o país tão dividido, as redes sociais poderiam ter um papel importante na mobilização do voto opositor frente à grande maquinaria eleitoral do chavismo nas eleições legislativas de setembro.

O mesmo falatório de sempre, oriundo do manual da mídia golpista:

  • "Analistas acreditam que"  (Escape genérico aplicado para dar credibilidade às opiniões que vêm logo depois)
  •  "País dividido" (termo que o oligopólio midiático usa para criar clima propício a golpe. Ex: "Allende dividiu o país", "Jango dividiu o país", "Honduras estava dividida")
  • "Grande maquinaria eleitoral do chavismo" (recurso que serve para deslegitimar as expressivas vitórias eleitorais do partido de Chávez, uma vez que não tem como não admitir que ele está no poder pela via eleitoral)
 No começo do ano, estudantes que se opõem ao projeto socialista de Chávez coordenaram, através do Twitter, vários protestos contra a retirada da grade da TV a cabo do canal RCTV, cuja concessão de sinal aberto não foi renovada pelo governo em 2007.

Uma concessão pode ser renovada ou não, dependendo do interesse público, no caso, a RCTV (que teve participação direta no golpe frustrado contra Chávez) não teve a sua concessão renovada. 
Isso é lei, aqui no Brasil é igual, com a diferença que aqui existe a tradição de dar a carimbada de maneira praticamente automática para a grande mídia seguir fazendo o que seus ricos donos querem.
Na época da não renovação da concessão da RCTV, EUA, Canadá e Reino Unido "fecharam", um montão de estações de rádio e emissoras  de TV em nome do interesse público.
É claro que disso ninguém falou por aqui.

Além disso, um país com uma presença de telefonia celular de 80 por cento e mais 1,2 milhão de smartphones -cerca de 7 por cento do mercado ante média de 2 por cento para a América Latina- tem o perfil perfeito para cultivar o crescimento desse tipo de rede social.

Engraçado, pensei que a miséria e a barbárie estivesse tomando conta da Venezuela, afinal, segundo a mídia corporativa, o país "está em crise" e "falta tudo".

[1] http://www.reuters.com/search?blob=enrique+andres&pn=1 é só clicar e conferir o tipo de cobertura que este "jornalista" dispensa à Venezuela (em inglês)

Um comentário:

  1. A mídia golpista deve ser desmascarada o mais rápido possível. Ela tenta manipular a qualquer custo.

    Chega a dar raiva.

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